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Vania Toledo 1945 - 2020

Vania Rosa Cordeiro de Toledo (Paracatu, Minas Gerais, 1945 – São Paulo, São Paulo, 2020). Fotógrafa. Sua obra se destaca pelos retratos de artistas e pela predominância das imagens em preto e branco. Rostos, corpos, nus e personagens nos palcos teatrais são seus temas privilegiados. Consagra-se por seus registros fotográficos no cenário cultural desde o fim da década de 1960. Entre 1969 e 1979, trabalha com livros didáticos no departamento de educação e pesquisas especiais da Editora Abril. Em 1973, forma-se em ciências sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP). O aprendizado da fotografia nasce do convívio com atores, que ela registra precocemente – em 1970, fotografa a peça O Arquiteto e o Imperador da Assíria, do dramaturgo espanhol Fernando Arrabal (1932). Autodidata, Vania inicia a carreira fotográfica em 1978 no jornal Aqui São Paulo, onde, com o dramaturgo Antonio Bivar (1939-2020), é responsável por colunas de estreias e festas, e assume em seguida o cargo de editora de fotografia do jornal. Abre o próprio estúdio em 1981, e ainda na década de 1980, colabora com diferentes jornais e revistas do Brasil e do exterior, como Vogue, Interview, Claudia, Veja, IstoÉ, Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, Time, Life. Além disso, produz capas de livros e de discos e calendários. Destaca-se como retratista ao publicar os livros Homens (1980), uma ousada e bem-humorada coleção de nus masculinos, e Personagens Femininos (1992), uma interpretação fotográfica das fantasias de 54 atrizes conhecidas. Com essa obra, conquista o Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica, concedido pela então Associação Brasileira de Técnicos Gráficos (ABTG), e a exposição correspondente recebe o Prêmio de Melhor Exposição do ano de 1993, da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). A fotógrafa se diz “apaixonada pelo ser humano, pelo rosto, pela expressão, pelo olho". O trabalho da retratista exige observação minuciosa e convívio prévio com o modelo – em geral, figuras conhecidas da cena cultural brasileira, sobretudo do teatro –, cada qual apresentado em ângulo específico, com luz particular, algumas vezes em tom claramente expressionista. Para ela, "fotografia é retrato da alma". "Não tenho luz pronta. Faço a luz para ela. Tento valorizar o que acho que pode favorecer a pessoa." Ainda que utilize a cor em alguns trabalhos, a produção da fotógrafa é quase toda em preto e branco, como justifica: "Acho que consigo ver cor em p&b".Sua experiência se revela muitas vezes nas poses, vestimentas e cenários que acentuam a teatralidade; em Personagens Femininos, por exemplo, a fotógrafa solicita às atrizes que representem um papel diante da câmera. O estudo de Palco Paulistano (2009), por sua vez, volta-se para a recuperação da memória do teatro, com registros de importantes espetáculos realizados entre 1963 e 2007. Vania Toledo é reconhecida como uma das principais retratistas do teatro e da área cultural no Brasil. Muitas de suas imagens, originalmente pensadas para a divulgação das peças, revelam-se também como grandes obras de arte.

Sem título - Da série “Studio 54", c. 1983
Sem título - Da série “Studio 54", c. 1983
Sem título - Da série “Studio 54", c. 1983
Sem título - Da série “Studio 54", c. 1983
Sem título - Da série “Studio 54", c. 1983
Sem título - Da série “Studio 54", c. 1983
Sem título - Da série “Studio 54", c. 1983
Sem título - Da série “Studio 54", c. 1983
Sem título - Da série “Studio 54", c. 1983

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